O caso da Globa em Unecha
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V. I. Golovina, investigador sênior do Departamento de Investigação Interdistrital de Unechsky do Comitê de Investigação do Comitê de Investigação da Federação Russa para a Região de Bryansk, inicia um processo criminal contra Yulia Globa por suspeita de participação nas atividades de uma organização extremista.
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A busca dura mais de duas horas. Telefones, cartões-postais, cartas e pen drives são apreendidos dos fiéis. Mais tarde, Yulia e o marido foram interrogados no departamento de investigação.
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O caso de Yulia Globa vai para o Tribunal Distrital de Unechsky, na região de Bryansk. Ele será analisado pela juíza Tatyana Postavneva.
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A audiência conta com a presença de 25 pessoas. Três testemunhas de acusação estão sendo inquiridas.
A primeira testemunha diz que conheceu o réu há vários anos e fala positivamente sobre ela. Quando questionada de qual organização Yulia faz parte, a mulher responde que não sabe.
A avó de um dos alunos do réu também está sendo interrogada. A mulher está satisfeita com o resultado do trabalho de Júlia como tutora. Quando questionada sobre qual religião Yulia Globa professa, a testemunha responde que não sabe.
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Testemunhas da acusação estão sendo interrogadas, incluindo um clérigo da Igreja Ortodoxa Russa. "Eu absolutamente não posso dizer nada sobre uma pessoa que eu não conheço. Não a conheço pessoalmente e suas atividades", diz.
O próximo a ser questionado é um especialista, professor do Departamento de História Geral e Relações Internacionais. Ele confirma que as Testemunhas de Jeová são "parte do cristianismo, da tradição cristã" e sua religião não é proibida na Federação Russa.
Ele também concorda que a pregação das Testemunhas de Jeová é uma prática mundial e que eles se envolvem nessa atividade guiados pelas palavras de Jesus Cristo, conforme registrado na Bíblia.
A defesa está interpondo vários pedidos. Entre outras coisas, ela pede que os autos incluam um exame pericial religioso realizado pelo Ministério da Justiça da Federação Russa em 15 de abril de 1999, que na época confirmou o direito das Testemunhas de Jeová de praticar sua religião livremente sem encontrar nada perigoso para a sociedade. O tribunal rejeita esta petição, afirmando que se trata de uma fotocópia, não do original.
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O Ministério Público pede uma pena suspensa de três anos para o crente.
"Você não teve a oportunidade de ouvir ou ler sobre o maravilhoso futuro do qual a Bíblia está escrita. Estou feliz por ter tido a oportunidade de falar sobre isso", finaliza Yulia Globa.
Na mesma sessão, que dura um total de 6,5 horas, o tribunal condena o crente.
Considerações finais da ré Yulia Globa no processo Unecha